quinta-feira, 23 de maio de 2013



EXU SETE-LIRAS
O Exu Sete da Lira ou Sete Liras é muito conhecido. Ligado aos ganhos materiais, chamado de Exu do Dinheiro.

O Rei da Lira se apresenta como Exu, muito embora suas características originais o liguem mais ao mundo da encantaria, onde é conhecido como Sete Rei da Lira, José das Sete Liras ou o Rei das Sete Liras. Poucos conhecem a sua história como encantado, que começa na Idade Média e vai até a sua reencarnação no século dezenove. Na Espanha Medieval, havia um casal: Caio e Zelinda. Caio era um descendente de gregos, que tocava e fabricava instrumentos musicais, especialmente liras. Zelinda era uma bela negra africana, que escondida dos poderosos da época, fazia rituais mágicos.Tiveram um filho chamado José, que era muito inteligente e tocava instrumentos como ninguém. O garoto herdou do pai o gosto para tocar e fabricar liras, das quais construía 7 diferentes modelos. Da mãe herdou os poderes paranormais: curava pessoas doentes, movia objetos com o olhar, tinha sonhos premonitórios, via a aura das pessoas etc. Na adolescência, conta a lenda que o garoto passou a incorporar espíritos enquanto tocava e uma destas almas seria a do bíblico Rei Davi. Por fazer muito sucesso com as mulheres, um marido ciumento entregou-o para os representantes da igreja, acusando José das Sete Liras de bruxaria. Foi queimado na fogueira pela Inquisição.


A fama do Exu Sete Rei da Lira que baixava em Mãe Cacilda começou a crescer rapidamente devido à característica inusitada de suas giras - onde todo tipo de música poderia ser cantada e tocada - e no uso impressionante da ingestão de vários litros e litros de "marafo", além da roupa ritualística bordada em veludo preto, botas, capas e cartola. Quem presenciou a manifestação deste espírito se impressionou com o magnetismo e com a capacidade de movimentação das pessoas que acorriam ao seu templo, em Santíssimo, um bairro do Rio de Janeiro. Corriam as notícias de boca a boca, dos casos de cura de doenças gravíssimas etc e rapidamente a gira de seu Sete chegou à marca impressionante de mais de cinco mil pessoas por rito.

Compositora e escritora, Mãe Cacilda tinha um programa na Rádio Metropolitana de Inhaúma e o caso é que a fama de seu 7 se espalhou tanto que artistas como Tim Maia, Freddie Mercury e o grupo Kiss estiveram por lá sabe-se lá por qual razão, até que um dia alguém foi até o terreiro e desafiou o Exu a baixar em rede nacional. Ao contrário do que se esperava, o seu Sete concordou e foi aí que o "dendê ferveu"!

A entidade obteve destaque na mídia brasileira a partir da apresentação ao vivo, pela TV Globo e pela extinta TV Tupi, de sessões que causaram viva polémica:

À época, afirmou-se que a então a primeira-dama D. Cyla Médici, esposa do presidente Emílio Garrastazu Médici, teria mergulhado em transe, enquanto assistia ao programa;Como consequência, ambas as emissoras de televisão assinaram um protocolo de auto-censura à época.

O nome da entidade também se liga a um momento da carreira do cantor Tim Maia, no início daquela década, quando era adepto da seita Universo em Desencanto, liderada por Manuel Jacinto Coelho
Incorporada pelo Exu "Seu" 7 Rei da Lira Cacilda havia transformado os programas de Chacrinha e Flávio Cavalcanti num verdadeiro ritual de Kimbanda, daqueles mais bravos. Não se questiona aqui a veracidade da presença do Exu naqueles momentos, ou se é válido esse tipo de exposição ou de manifestação em público, mas há a verdade inquestionável de que algum poder realmente tomou conta das pessoas naqueles programas, pois platéia, cantores, assistentes de câmera, seguranças, contrarregras e outros entraram em transe, desmaiaram ou foram "mediunizados" por exus e outras entidades.


Read more: http://www.paicarlosdeoxossy.com/news/exu-sete-liras/

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Aqui em nosso Terreiro...






Soa a campainha três vezes, chamando os médiuns. É hora de mais um encontro Sagrado com os Orixás.
Encaminhando-se lentamente em direção ao terreiro, um a um com sua vela na mão onde acende na da sua Yalorixá indo até o anjo de Guarda, lá ora pedindo proteção. Já se sente o aroma das ervas queimando, e os cânticos de quem vai cruzando o templo com os defumadores.
Cada um vai se concentrando, guias de variadas cores na mão, já sentindo as vibrações no plexo esplênico que é o  Chakra Esplênico: Regula a entrada do prana no duplo_etérico do homem. Localizado sobre o baço, a vitalidade que distribui é superior à do básico, quanto ao nível de freqüência. Chakra da vida vegetativa, é mais brilhante que o anterior e tem colorido variável. Apresenta grande importância nosfenômenos_mediúnicos, pois é através de seu campo magnético que os espíritos incorporam nos médiuns.  As descrições dos chacras variam, e em algumas tradições e centro localizado acima do baço é considerado como um dos sete principais centros; em outras, é tido como subsidiário. Segundo as observações, o chacra esplênico não é considerado um dos principais, desempenhando contudo um papel bastante importante no sistema de chacras.  Sua função mais importante é absorver a vitalidade do campo energético, modificá-la, e depois distribuí-la aos outros centros. , sintonizando-se com as vibrações das entidades protetoras da casa.espiritual. Os atabaques começam a soar sensação boa de irmandade com aqueles que defumam cada filho de santo e depois toda a assistência, preparando para mais um encontro de trabalhos espirituais.


quarta-feira, 10 de abril de 2013

História Pomba Gira Dama da Noite



Conta a história que a entidade na sua época aqui na terra foi uma mulher muito bonita e rica. Devido sua beleza e mistério calsava um verdadeiro alvoroço nos corações e desejos dos homens da corte... que chegavam a ofertar a essa mulher verdadeiras fortunas para passar uma noite em seus braços.
E foi atravez da magia e da sedução que fez essa linda mulher se afortunar e despertar curiosidade no principe herdeiro do brasil D. Pedro I.
No Brasil o nome não e citado, pois se chamava Helena, mais nas cartilhas e jornais da época esse envolvimento chegou a gerar certo escândalo.
Foi atravez da psicografia de Fabio Freitas que descobrimos a verdadeira história dessa linda entidade de quando chega ao mundo, tras com ela sua magia e sensualidade. Adora ganhar perfumes e rosas vermelhas nas encruzilhadas sempre encima de um pano vermelho seja mourum ou cetim, fuma cigarrilhas longas e toma changpane de cidra.

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Lenda dos Orixás



LENDA DE EXÚ
Exú sempre foi o mais alegre e comunicativo de todos os orixás. Olorun, quando o criou, deu-lhe, entre outras funções, a de comunicador e elemento de ligação entre tudo o que existe. Por isso, nas festas que se realizavam no orun (céu), ele tocava tambores e cantava, para trazer alegria e animação a todos.

Sempre foi assim, até que um dia os orixás acharam que o som dos tambores e dos cânticos estavam muito altos, e que não ficava bem tanta agitação.
Então, eles pediram a Exú, que parasse com aquela atividade barulhenta, para que a paz voltasse a reinar.

Assim foi feito, e Exú nunca mais tocou seus tambores, respeitando a vontade de todos.
Um belo dia, numa dessas festas, os orixás começaram a sentir falta da alegria que a música trazia. As cerimônias ficavam muito mais bonitas ao som dos tambores.
Novamente, eles se reuniram e resolveram pedir a Exú que voltasse a animar as festas, pois elas estavam muito sem vida.
Exú negou-se a fazê-lo, pois havia ficado muito ofendido quando sua animação fora censurada, mas prometeu que daria essa função para a primeira pessoa que encontrasse.




Logo apareceu um homem, de nome Ogan. Exú confiou-lhe a missão de tocar tambores e entoar cânticos para animar todas as festividades dos orixás. E, daquele dia em diante, os homens que exercessem esse cargo seriam respeitados como verdadeiros pais e denominados Ogam...

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LENDA DE OGUN

Ogum vivia em sua aldeia, quando foi requisitado para uma guerra, que não tinha data para acabar. Antes de partir, ele exigiu que seus habitantes dedicassem um dia em sua homenagem, fazendo o sacrifício de jejuar e fazer silêncio absoluto, além de outras oferendas.
Partiu, em sua longa jornada, para os campos de batalha, onde permaneceu sete anos.

No regresso à sua aldeia, caminhou durante muitos dias, sentindo muito cansaço. A fome e a sede também o atormentavam. Na primeira casa que encontrou pediu água e comida, mas ninguém o atendeu, permanecendo calados e de olhos fixos no chão.
Resolveu, então, fazer outra tentativa na próxima casa, mas a cena foi a mesma, o que despertou sua ira. Ele esbravejou com os moradores, exigindo que falassem com ele, mas ninguém o fez.

Não se conformava com tamanha falta de respeito, depois de ter lutado tanto!
Ogun esperava uma recepção calorosa em sua própria aldeia, mas, ao contrário, só encontrou silêncio.
À medida que avançava pelo interior da cidade, a mesma coisa se repetia, casa após casa. Ogun nem imaginava o que estava acontecendo. Perguntava e não recebia resposta.
Sua ira já estava incontrolável, quando chegou ao centro do povoado, onde haviam muitas pessoas. Estranhou o fato de ninguém estar conversando. Perguntou a eles onde estavam suas famílias, mas não obteve resposta. Era uma afronta!
Foi assim que, evocando todos os seus poderes, Ogum dizimou sua própria aldeia.
Caçadores que passavam pela cidade, entre eles seu filho, o reconheceram e tentaram aproximar-se. Vendo que sua cólera era imensa, resolveram evocar Exú para acalmá-lo.
A ira desse orixá finalmente foi aplacada. Seu filho, indignado ao ver tanta destruição, indagou o motivo que levou seu pai a cometer tal atrocidade. Ogum respondeu que aquelas pessoas lhe faltaram com respeito quando não o reconheceram. Precisavam de um castigo.
Foi, então, que seu filho fez-lhe lembrar da exigência que fizera antes de partir para a guerra.
Ogum, tomado pelo remorso, devido à sua crueldade com pessoas que só estavam obedecendo ordens, abriu o chão com sua espada enterrando-se de pé.
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Lenda de Oxóssi (ODÉ)



Na cidade de Ifé, realizavam-se festividades e rituais por ocasião das colheitas. Os sacerdotes da aldeia, fugindo aos seus costumes, não realizavam as oferendas obrigatórias para três das maiores bruxas conhecidas: as Iya-mi Oxorongás. Esse ato imperdoável precisava de uma boa punição. Foi assim que elas enviaram um enorme pássaro para assombrar aquela aldeia.
A ave ficou pousada no telhado do palácio, de onde podia avistar toda a cidade.
Um clima de medo e mau agouro espalhou-se entre os moradores, que não sabiam o que fazer para acabar com aquele terrível monstro.
Oferendas foram realizadas para as Oxorongás, mas sem resultado. Era tarde demais para isso.
Foi então que alguns caçadores se apresentaram para matar o pássaro das bruxas, mas foram todos derrotados. O último caçador possuía apenas uma flecha, e era a última esperança de livrar a aldeia da morte. Esse caçador era Odé.
Sua mãe, que estava longe daquele lugar, teve um mau presságio com relação a ele.
Consultando um babalawô, teve a confirmação do que já sabia: seu filho corria grande perigo.
Foram necessárias muitas oferendas para que a missão de Odé fosse executada com perfeição e, graças a isso, Odé pôde matar o pássaro com sua única flecha, livrando sua aldeia da aniquilação. Desde então, vem sendo venerado por esse povo.


LENDA DE OSSAIN
Ossain era o único orixá que sabia reconhecer e despertar os poderes mágicos das plantas e usá-los para curar as enfermidades, ou nos rituais litúrgicos. Ele sabia, como ninguém, fazer misturas mágicas com os vegetais, raízes e folhas.
Os outros orixás também tinham o desejo de possuir suas próprias folhas, bem como o conhecimento necessário para receber o axé proveniente delas, mas Ossain não revelava seus segredos e não deixava ninguém apanhar folhas em suas florestas.
Oyá (Yassan) não aceitava essa situação, pois sua aldeia estava sendo assolada por doenças, e nada podia ser feito. Foi, então, que ela pediu a Ossain que lhe desse algumas folhas e seus respectivos encantamentos, mas este negou-se a fazê-lo. Oyá ficou muito contrariada, não se conformando com uma atitude tão insensível. Sua fúria incontrolável fez levantar o vento. E o vento foi tão forte, que as folhas se desprenderam das árvores, voando para todos os cantos da floresta. Ossain gritava: “Minhas folhas, minhas folhas”. A cabaça com os segredos ficou exposta por algum tempo, possibilitando aos orixás a oportunidade de absorver uma pequena parte desse conhecimento. Assim, os orixás cataram suas folhas, que seriam utilizadas em seus rituais sagrados; porém, não podiam dispensar a ajuda de Ossain, pois ele sempre será o grande sábio da floresta.
Outra lenda nos conta que Ossain trabalhava na roça de Orunmilá, que é um orixá fun-fun (da cor branca) e detentor do conhecimento do oráculo divinatório. Ossain tinha a tarefa de cultivar os campos, mas recusava-se a limpar o terreno para fazer a semeadura. Ele não conseguia podar as plantas, pois achava utilidade em todas elas.
Essas folhas podiam curar todo tipo de doença existente.

Orunmilá, vendo que o serviço não saía, foi ver o que estava acontecendo.
Ossain explicou seus motivos, fazendo com que o grande orixá fun-fun percebesse estar diante de um ser encantado e de grande conhecimento. Ao invés de castigá-lo, deu-lhe uma posição de destaque dentro do oráculo de Ifá. Dessa forma, Orunmilá teria, perto de si, alguém para lhe revelar os segredos das folhas.

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LENDA DE XANGÔ
Xangô, quando viveu aqui na Terra, era um grande Obá (rei), muito temido e respeitado. Gostava de exibir sua bela figura, pois era um homem muito vaidoso.
Conquistou, ao longo de sua vida, muitas esposas, que disputavam um lugar em seu coração.
Além disso, adorava mostrar seus poderes de feiticeiro, sempre experimentando sua força.
Em certa ocasião, Xangô estava no alto de uma montanha, testando seus poderes. Em altos brados, evocava os raios, desafiando essas forças poderosas. Sua voz era o próprio trovão, provocando um barulho ensurdecedor. Ninguém conseguia entender o que Xangô pretendia com essa atitude, ficando ali por muito tempo, impaciente por não obter resposta. De repente, o céu se iluminou e os raios começaram a aparecer. As pessoas ficaram impressionadas com a beleza daquele fenômeno, mas, ao mesmo tempo, estavam apavoradas, pois nunca tinham visto nada parecido.

Xangô, orgulhoso de seu extremo poder, ficou extasiado com o acontecimento. Não parava de proferir palavras de ordem, querendo que o espetáculo continuasse. Era realmente algo impressionante!
Foi, então, que, do alto de sua vaidade, viu a situação fugir ao seu controle. Tentou voltar atrás, implorando aos céus que os raios, que cortavam a Terra como poderosas lanças, desaparecessem. Mas era impossível – a natureza havia sido desafiada, desencadeando forças incontroláveis!
Xangô correu para sua aldeia, assustado com a destruição que provocara.

Quando chegou perto do palácio, viu o erro que cometera. A destruição era total e, para piorar a situação, todos os seus descendentes haviam morrido. Ao ver que o rei estava muito perturbado, seu próprio povo tentou consolá-lo com a promessa de reconstruir a cidade, fazendo tudo voltar ao que era antes. Xangô, sem dar ouvidos a ninguém, foi embora da cidade.
Ele não suportou tanta dor e injustiça, retirando-se para um lugar afastado, para acabar com sua vida. O rei enforcou-se numa gameleira.
Oyá, quando soube da morte de seu marido, chorou copiosamente, formando o rio Niger. Ela, que tinha conhecimento do reino dos eguns, foi até lá para trazer seu companheiro da morte, que veio envolto em panos brancos e com o rosto coberto por uma máscara de madeira, pois não podia ser reconhecido por Ikú, o Senhor da Morte.
Xangô ressurge dos mortos, tornando-se um ser encantado. E foi assim que surgiu uma nova forma, ou qualidade, desse orixá, a qual chamamos Airá. Essa variação da essência de Xangô adotou, além do vermelho, a cor branca.
Outra lenda nos dá conta que Xangô, com sua irresistível aparência, atraía muitas mulheres. Era muito vistoso, com seus cabelos trançados e os enfeites de cobre em seu corpo. Possuía muitas esposas, como Obá e Oxun.
Oxun era a mais bela esposa de Xangô, muito mais vaidosa do que ele, dispensando grande parte de seu tempo para enfeitar-se e, assim, poder agradar seu amado.
Xangô apreciava muito sua companhia e o esforço que fazia para fazê-lo feliz.
Obá não tinha o mesmo tratamento, por isso, sentia-se rejeitada. Ela era muito possessiva em seus relacionamentos e não suportava mais essa situação.
Oxun havia percebido que Obá a invejava e queria roubar-lhe o companheiro. Muito faceira e com ares de superioridade, começou a contar vantagens para a rival, que fingia não se importar. Dizia que Xangô adorava um certo quitute preparado com um ingrediente muito especial: um pedaço de orelha.
Obá acreditou nela, pois, naquele momento, Oxun estava com um torço amarrado na cabeça. Embora parecesse estranho, devia ser tudo verdade, pois Xangô estava enfeitiçado por Oxun.
Juntando muita coragem e determinação, Obá cortou fora sua orelha para preparar o tal prato.
Xangô chegou bem na hora e viu o sangue que escorria da cabeça de Obá. Preocupado, quis saber o que havia acontecido com ela. Quando soube do acontecido, ficou enfurecido com Obá, por pensar em oferecer-lhe uma comida tão esquisita!
Percebendo a mentira de Oxun, saiu furiosa à sua procura para ajustarem contas.

Xangô separou as duas rivais, que se transformaram em rios. Obá foi embora desse reinado e nunca mais voltou.


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LENDA DE OXUM
Conta a lenda que Oxalá, numa de suas caminhadas pelo mundo, iria passar pela aldeia de Oxum, onde pretendia parar e descansar.
Exú, mensageiro dos orixás, correu para avisar Oxum que o grande orixá fun-fun estava a caminho de sua cidade. Era preciso organizar uma grande recepção, pois a visita era muito importante para todos. Ela, então, apressou-se com os preparativos da festa, ordenando a limpeza de todas as casas e lugares públicos da aldeia, bem como que os enfeites utilizados fossem da cor branca. Oxum cuidou pessoalmente da ornamentação e limpeza de seu palácio, pois tudo tinha que estar perfeito, à altura de Oxalá.
Com tantos afazeres importantes, em tão curto espaço de tempo, Oxun não se lembrou de convidar as Iya-mi para a grande festa.
As feiticeiras não perdoaram essa desfeita. Sentindo-se muito desprestigiadas, resolveram desmoralizar Oxum perante os convidados.
No dia da chegada de Oxalá à cidade, Oxorongá entrou disfarçada no palácio para colocar, no assento do trono da Oxum, um preparado mágico, que não fora notado por ninguém.
Toda a cidade estava impecavelmente limpa e ornamentada. O palácio de Oxum, que fora caprichosamente preparado, tinha seus móveis e utensílios cobertos por tecidos de uma alvura imaculada. Branca também seria a cor das roupas utilizadas na cerimônia.
Oxalá finalmente chegou, sendo respeitosamente reverenciado numa grande demonstração de fé e admiração ao grande mensageiro da paz.
Oxun, sentada em seu trono, esperava com impaciência a entrada de Oxalá em seu palácio, quando iria oferecer-lhe seu próprio assento. Mas, ao tentar levantar-se, percebeu que estava presa em sua cadeira e, por mais força que fizesse, não conseguia soltar-se. O esforço que empreendeu foi tão grande, que, mesmo ferida, conseguiu ficar em pé, mas uma poça de sangue havia manchado suas roupas e também sua cadeira.
Quando Oxalá viu aquele sangue vermelho no trono em que se sentaria, ficou tão contrariado, que saiu imediatamente do recinto, sentindo-se muito ofendido.
Oxum, envergonhada com o acontecido, não conseguia entender porque havia ficado presa em sua própria cadeira, uma vez que ela mesma tinha cuidado de todos os preparativos.
Escondendo-se de todos, foi consultar o oráculo de Ifá para obter um conselho. O jogo, então, lhe revelou que Oxorongá havia colocado feitiço em seu assento, por não ter sido convidada.
Exú, a pedido de Oxum, foi em busca do grande pai, para relatar-lhe o ocorrido.

Oxalá retornou ao palácio, onde a grande mãe das águas estava sentada de cabeça baixa, muito constrangida. Quando ela o viu, começou a abanar seu abebe, transformando o sangue de suas roupas em penas vermelhas, que, ao voar, caíram sobre a cabeça de todos os que ali estavam, inclusive a de Oxalá. Em reconhecimento ao esforço que ela empreendeu para homenageá-lo, ele aceitou aquela pena vermelha (ekodide), prostrando-se à sua frente, em sinal de agradecimento.
A partir de então, essa pena foi introduzida nos rituais de feitura do Candomblé.
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LENDA DE OYÁ – IANSÃ

Segundo a lenda, Iansã vivia feliz com Ogum, pois os dois tinham muitas coisas em comum, como o gosto pela guerra e o desejo de desbravar novos lugares. Gostavam da companhia um do outro, sentindo-se em harmonia. Com ele, que é conhecedor de todos os caminhos, Iansã aprendeu a andar pela Terra.
Gostava muito de vê-lo trabalhar, em seu oficio de ferreiro, tentando aprender como ele confeccionava suas armas e ferramentas. Iansã pedia insistentemente que lhe fizesse uma arma para junto dele guerrear.
Um dia, Ogum a surpreendeu, oferecendo-lhe uma espada curva, que era ideal para seu uso. Isso a agradou muito, tanto que, mais tarde, todo seu exército estava usando esse mesmo tipo de arma.
Mas Ogum não a levava em suas batalhas, deixando-a sozinha e entediada. Sem falar no tempo que gastava em seus afazeres de ferreiro. Iansã  adorava a liberdade, mas, ao mesmo tempo, não dispensava uma boa companhia. Começou a sentir-se rejeitada por Ogum. Foi nesse momento que Xangô, o grande rei, foi procurar Ogum, pois, precisava de armas para seu exército. Ele era muito atraente e cuidadoso com sua aparência. Era impossível não notar sua presença.
Ogum, aceitando o pedido, começou a produzir armas para Xangô, que tinha muita urgência. Ficaria na aldeia o tempo necessário para o término do serviço. Xangô também notou a presença de Iansã, sentindo uma grande atração por ela. Com seu jeito de ser, aproximou-se dela para trocar conhecimentos a respeito de suas habilidades. Descobriram, nessas conversas, que possuíam muitas afinidades, inclusive que não gostavam de viver isolados, assim como Ogum gostava.
Iansã estava muito interessada em Xangô e em tudo o que estava aprendendo com ele, mas não queria magoar Ogum, a quem respeitava muito. Xangô propôs-lhe uma união eterna, sem monotonia, sem solidão, viajando sempre juntos por toda a Terra. Seria uma união perfeita. Quando Ogum terminou seu trabalho, os dois já haviam partido. Ele ficou enfurecido com a traição de ambos, mesmo sabendo que sua companheira não podia ficar cativa para sempre. Partiu atrás deles para vingar sua desonra. Iansã estava vindo ao seu encontro, para explicar-lhe que não poderia mais ficar com ele, pois Xangô a completava, mas que iria respeitá-lo sempre como grande orixá da guerra.
Ogum estava tão enfurecido, que não ouviu o que ela dizia, e foi com grande fúria que investiu contra ela, erguendo sua espada. Iansà, em defesa própria, também o atacou. Ela foi golpeada em nove partes do seu corpo, e Ogum em sete, formando curas. Esses números ficaram muito ligados a esses Orixás, assim como as curas, que foram introduzidas nos rituais africanos.
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LENDA DE YEMANJÁ

Yemanjá, grande orixá das águas, era filha de Olokun, o senhor dos oceanos. Era possuidora de um grande instinto maternal, que fez dela mãe de dez filhos. Embora casada, não tinha grande apego por seu marido. Às vezes, pensava em deixá-lo, mas ele era um homem muito importante e poderoso, e não permitiria tal desonra. Yemanjá também pensava no bem-estar de seus filhos, não podendo deixá-los desamparados.
Seu marido usava o poder com tirania, inclusive com sua família, tornando a vida dela insuportável. Ela não aguentava mais se submeter aos caprichos de um homem que ela desprezava.
Ela procurou seu pai para aconselhar-se sobre a atitude que deveria tomar. No fundo, ela já estava decidida a fugir, mas precisava de seu apoio. Olokun não a recriminou, pois ela era uma soberana e, como tal, não poderia aceitar o jugo de ninguém. Ele, então, deu à sua filha uma cabaça com encantamentos, para que ela usasse quando estivesse em perigo.
Yemonjá colocou seu plano em prática, fugindo com todos os seus filhos.
Quando ela já estava bem longe de sua aldeia, viu que estava sendo perseguida pelo exército de seu marido. Pensou em enfrentá-los, mas eles eram muitos e seria uma luta desleal. Yemonjá odeia os confrontos, pela destruição que causam, já que é um orixá propagador de vida.
Quando se sentiu acuada, resolveu abrir a cabaça e pedir socorro ao seu pai. Do seu interior escoou um líquido escuro, que, ao tocar o chão, imediatamente formou um rio, que corria em direção ao oceano.
Foi nessas águas que Yemanjá e seu povo encontraram um caminho para a liberdade.
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LENDA DE OBALUAYE – OMULU

Nanã Borukê, esposa de Orixalá, gerou e deu à luz a um filho. Sua criação não foi perfeita, nascendo uma criança doente, com muitas chagas recobrindo seu pequeno corpo. Ela não conseguia imaginar que maldição era aquela, que trouxe de suas entranhas uma criatura tão infeliz!
Sentindo-se impossibilitada de cuidar daquela criança, pois mal conseguia olhar para ela, resolveu deixá-la perto do mar. Se a morte a levasse seria melhor para todos.
Yemanjá, que estava saindo do mar, viu aquele pequeno ser deitado nas areias da praia. Ficou olhando por algum tempo, para ver se havia alguém tomando conta dele, mas ninguém aparecia. Então, a grande divindade das água foi ver o que estava acontecendo. Quando chegou mais perto, pôde compreender que aquela criança tinha sido abandonada por estar gravemente enferma. Sentindo uma imensa compaixão por aquela pobre criatura, não pensou em mais nada, a não ser em adotá-lo como a um filho.
Com seu grande instinto maternal, Yemanjá dispensou a ele todo o carinho e os cuidados necessários para livrá-lo da doença. Ela envolveu todo o corpo do menino com palhas, para que sua pele pudesse respirar e, assim, fechar as chagas.
Obaluayê cresceu e continuou usando aquele tipo de roupa, e ninguém, a não ser sua querida mãe, tinha visto seu rosto. Era um ser austero e misterioso, provocando olhares curiosos e assustados de todos. Ninguém conseguia imaginar o que se escondia sob aquelas palhas.
Iansã, certa vez, o encarou, pedindo que descobrisse seu rosto, pois queria desvendar, de uma vez por todas, aquele mistério. Obaluayê, sem lhe dar a menor atenção, negou-se a fazê-lo. Ela, que nunca se deu por vencida, resolveu enfrentá-lo. Usando toda sua força, evocou o vento, fazendo voar as palhas que o protegiam.
Quando a poeira assentou, Oyá pode ver um ser de uma beleza tão radiante, que só poderia ser comparado ao sol. Nem mesmo ela, como orixá, conseguia erguer os olhos para ele. Assim, todos entenderam que aquele mistério deveria continuar escondido.
Uma outra lenda nos mostra que esse poderoso orixá, em suas andanças pelo mundo, pode presenciar o desenrolar de muitas guerras. Os povos que Olorun criou e deu vida brigavam por um pedaço de terra. Muitas pessoas morriam, para que seus líderes pudessem conquistar extensões maiores para seu reinado. Os limites, para esses guerreiros, eram insuperáveis, e as guerras não tinham mais fim. Obaluayê não entendia o motivo destas guerras, já que Olorun havia criado a terra para todos.
As lutas traziam muita dor e destruição, e ninguém mais sabia dar o devido valor à vida humana. Os homens só pensavam em seus interesses materiais.

Obaluayê, indignado com essa situação, resolveu mostrar a eles que a vida é o maior tesouro que alguém pode ter.
O poderoso orixá traçou, então, com seu cajado, um grande círculo no chão, no centro dos conflitos. Colocou dentro dele todo tipo de doença existente. Todo guerreiro, que por ali passasse, iria contrair algum tipo de doença. De fato, foi o que aconteceu. Muitas pessoas adoeceram, inclusive os líderes dos exércitos. Só isso conseguiu por fim às guerras.
As doenças se transformaram em epidemias, deixando populações inteiras à beira da morte.
Um babalawô revelou o mau presságio, pedindo a todos que refletissem sobre o que estava acontecendo, por culpa deles próprios. Obaluayê havia mandado essas mazelas para a terra, a fim de mostrar que, enquanto temos saúde e uma vida plena, não devemos nos preocupar excessivamente com coisas materiais. Desta vida nada se leva, a não ser o conhecimento e a experiência que acumulamos.
Assim, os que aceitaram esses desígnios e fizeram oferendas, conforme explicou o babalawô, conseguiram livrar-se de suas enfermidades e restabelecer sua dignidade. Mas, infelizmente, nem todos agiram assim.
Talvez, por isso, existam tantos povos africanos vivendo do mesmo jeito há milhares de anos, tentando não se desligar da natureza.
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LENDAS DE OXUMARE

Oxumare, filho de Nanan e Orixalá, recebeu de Olorun uma missão muito especial e importante para dar continuidade ao processo de criação e renovação da natureza. Sua tarefa consistia em carregar, dentro de suas cabaças, toda água da Terra de volta para o céu. Era uma tarefa árdua e interminável, pois, nem bem ele enchia as nuvens, a água já começava a escorrer, molhando tudo novamente.
Ele não tinha tempo a perder, mas, numa dessas viagens, parou para olhar a Terra e viu um imenso lugar, onde tudo era extraído da lama. Estava faltando alguma coisa para dar mais alegria ao lugar.
O próprio Oxumare já tinha colocado em movimento todos os seres criados, como Olorun havia ordenado, mas ainda não bastava, tudo parecia muito igual e sem vibração.
Ele resolveu, então, pedir a Deus que o ajudasse a encontrar uma maneira de trazer mais felicidade para a Terra, e Olorun concedeu a ele a realização desse desejo.
Quando estava carregando água, sem querer, deixou cair algumas gotas pelo caminho. De repente, formou-se um arco colorido, de uma beleza incrível.
Aquele arco mostrava as cores do universo, e, através dele e de suas infinitas combinações, Oxumare poderia colorir toda a Terra com diversos matizes, tornando-a mais alegre e vibrante.
A partir de então, formou-se uma aliança entre Deus (Olorun) e os seres criados, que sempre poderia ser vista quando as águas do céu se encontrassem na Luz do Sol.
O arco-íris tornou-se, também, símbolo desse Orixá, que gosta de movimento e harmonia em todas as coisas.
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LENDA DE NANÃ

Olorun enviou Nanã e Oxalá para viverem na Terra e criarem a humanidade. Os dois foram dotados de grandes poderes para desempenharem essa tarefa, mas somente Nanan tinha o domínio do reinado dos eguns, e guardava esses segredos, bem como o da geração da vida, em sua cabaça.
Oxalá não se conformava com esta situação, queria poder compartilhar desses segredos. Tentava agradar sua companheira com oferendas para convencê-la a revelar seu conhecimento.
Nanã, sentindo-se feliz com as atitudes de Oxalá, decide mostrar-lhe egun, mas apenas ela era reconhecida nesse reinado.
Certa vez, enquanto Nanã trabalhava com a lama, Oxalá, disfarçando-se com as roupas dela, foi visitar egun, sem lhe pedir autorização.
Quando Nanan, sentiu a falta de Oxalá e de sua própria vestimenta, teve certeza de que ele havia invadido o seu reinado, atraiçoando-a gravemente. Enfurecida com a descoberta, resolveu fechar a passagem do mundo proibido, deixando Oxalá preso.
Enquanto isso, Oxalá caminhava no reinado de Nanã, tentando descobrir seus mistérios, mas apenas ela conseguia comunicar-se com os eguns.
Egum, sempre envolto em seus panos coloridos, não tinha rosto, nem voz. Oxalá, usando um pedaço de carvão, criou um rosto para ele, como já havia feito com os seres humanos, e, com seu sopro Divino, abriu-lhe a fala. Assim, ele conseguiu desvendar os segredos que tanto queria, mas, quando se deu conta, viu que não conseguia achar a saída.
Nanã não sabia o que fazer, por isso fechou a passagem para mantê-lo preso até encontrar uma forma de castigá-lo. Contou a Olorun sobre a traição de Oxalá, que não aprovou a atitude de ambos. Nanã errou ao revelar a Oxalá os segredos que o próprio Olorun lhe confiara. Para castigá-la, tomou o seu reinado e o entregou a Oxalá, pois ele desempenhara melhor a tarefa de zelar pelo eguns. Oxalá também foi castigado, pois invadiu o domínio de um outro orixá. Daquele dia em diante, Oxalá seria obrigado a usar as roupas brancas de Nanã, cobrindo o seu rosto com um chorão, que somente as Yás usam.
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LENDA DE OXALUFAN – OXALÁ

Olorun, Deus supremo, criou um ser, a partir do ar (que havia no início dos tempos) e das primeiras águas. Esse ser encantado, que era todo branco e muito poderoso, foi chamado Oxalá. Logo em seguida, criou um outro orixá que possuía o mesmo poder do primeiro, dando-lhe o nome de Nanan. Os dois nasceram da vontade de Olorun de criar o universo.
Oxalá passou a representar a essência masculina de todos os seres, tornando-se o lado direito de Olorun. Nanan, por sua vez, teria a essência feminina, e representaria o lado esquerdo. Outros orixás também foram criados, formando-se um verdadeiro exército a serviço de Olorun, cada um com uma função determinada para executar os planos divinos.
Exú foi o terceiro elemento criado, para ser o elo de ligação entre todos os orixás, e deles com Olorun. Tornou-se costume prestar-lhe homenagens antes de qualquer outro, pois é ele quem leva as mensagens e carrega os ebós.
Olorun confiou à Oxalá a missão de criar a Terra, investindo-o de toda a sabedoria e poderes necessários para o sucesso dessa importante tarefa. Deu a ele uma cabaça contendo todo axé que seria utilizado.
Oxalá, orgulhoso por ter recebido tamanha honraria, achou desnecessário fazer as oferendas a Exú.
Exú, vendo que Oxalá partira sem lhe fazer as oferendas, previu que a missão não seria cumprida, pois, mesmo com a cabaça e toda a força do mundo, sem a sua ajuda não conseguiria chegar ao local indicado por Olorun.
A caminhada era longa e difícil, e Oxalá começou a sentir sede, mas, devido à importância de sua missão, não podia se dar ao luxo de parar para beber água. Não aceitou nada do que lhe foi oferecido, nem mesmo quando passou perto de um rio interrompeu a sua jornada. Mais à frente, encontrou uma aldeia, onde lhe ofereceram leite de cabra para saciar sua sede, que também foi recusado.
Todos os caminhos pareciam iguais e, depois de andar por muito tempo, sentiu-se perdido. De repente, ele avistou uma palmeira muito frondosa, logo à sua frente, Oxalá, já delirando de tanta sede, atingiu o tronco da palmeira com seu cajado, sorvendo todo o líquido que saía de suas entranhas (era vinho de palma). Embriagado pela bebida, desmaiou ali mesmo, ficando desacordado por muito tempo.
Exú avisou Nanan que Oxalá não havia feito as oferendas propiciatórias, por isso não terminaria sua tarefa. Ela, agindo por contra própria, resolveu consultar um babalawô para realizar devidamente as oferendas. O sacerdote enumerou uma série de coisas que ela deveria oferecer, entre elas um camaleão, uma pomba, uma galinha com cinco dedos e uma corrente com nove elos. Exú aceitou tudo, mas só ficou com a corrente, devolvendo o restante à Nanan, pois ela iria precisar mais tarde. Outros sacrifícios foram realizados, até que Olorun a chamou para procurar Oxalá, que havia esquecido o saco da criação com o qual criaria a Terra. Nanan, após terminar suas oferendas, foi atrás de Oxalá, encontrando-o desacordado próximo ao local onde deveria chegar.
Ao saber que Oxalá havia falhado em sua missão, Olorun ordenou que a própria Nanan prosseguisse naquela tarefa com a ajuda de todos os orixás. E assim foi feito. Nanan pegou o saco da criação e o entregou à pomba, para que voasse em círculo. A galinha com cinco dedos foi solta, para espalhar aquela imensa quantidade de terra, e, finalmente, o camaleão arrastou-se vagarosamente, para compactá-la e torná-la firme.
Quando Oxalá acordou, viu que a Terra já havia sido criada, e não o fora por ele. Desesperado, correu até Olorun, que o advertiu duramente por não ter reverenciado Exú antes de partir, julgando-se superior a ele. Oxalá, arrependido, implorou perdão. Olorun, sempre magnânimo, deu-lhe uma nova e importantíssima tarefa, que seria a de criar todos os seres que habitariam a Terra. Desta vez ele não poderia falhar!
Usando a mesma lama que criou a Terra, Oxalá modelou todos os seres, e, insuflando-lhes seu hálito sagrado, deu-lhes a vida.
Desta forma, Nanan e Oxalá desempenharam tarefas igualmente importantes, juntamente com a valiosa ajuda de todos os orixás, que possibilitaram o surgimento deste novo e maravilhoso mundo em que vivemos.



terça-feira, 2 de abril de 2013

Povo Cigano... Opchá Arriba


                                                    Povo CIGANO

Chegamos no momento de falar dos espíritos, das entidades que atuam na Umbanda, que comandam nossos trabalhos e que nos trazem mensagens do plano Espiritual. Busca-se abordar todas as questões inerentes ao tema, deixando claro, que JAMAIS NÓS estamos 100% corretos e aconselho estudarem em muitos blogs, sites e NÃO acreditar no primeiro estudo que encontrarem...
São espíritos Nômades, livres de regras extremas sem rumo nem destino levando sua alegria aos povos por onde passavam, seu violinos entoando suas músicas de alegria e fé em Santa Sara Kali padroeira do povo cigano. A linha que costumam trabalhar como espíritos, chamamos de linha do Oriente e podem vir tanto na "Direita" UMBANDA como na "Esquerda" QUIMBANDA. Um exemplo, Ciganos usam algumas linguagens específicas... Castelhano que NÃO é o ESPANHOL ou numa FALSA tentativa do espanhol sairá um PORTUNHOL ridículo mostrando uma mistificação "mentiras" da parte dos médiuns. Húngaro, Romanes, Maratí, Grego, Pácrito, Punjabi e vale lembrar aos médiuns que não significa estes falarem sua linguagem de origem do médium por que são espíritos ja evoluídos e evoluindo sempre que sao designados a TRABALHAREM nessa linha de Ciganos, então jamais pensar, "aaah mais o meu fala em outra linguagem" e daí saem vergonheiras aos Yalorixás e Babalorixás "Yas e Bábas" de cada TERREIRO. Ou como prefiro dizer, Zeladores de Santos...
Utiliza-se ADEREÇOS para agradar ao povo Cigano, faixas, lenços de cabeça, castanholas, pandeiros, fitas, baralhos de cada preferência de cada cigano adagas, punhais, etc etc etc... LEMBRAR que ROUPAGENS específicas as usamos para agradá-los, JAMAIS por que eles não possam trabalhar sem estes adereços específicos. Com toda certeza qualquer Espírito trabalhador do BEM aceitará trabalhar com roupas brancas e a força destes ORIXÁS será a mesma se estivesse com suas roupagens usadas em Terra enquanto encarnados.

Quem inicia não sabe, mas um exemplo simples. Eu já vi MÉDIUNS com vestimentas de um ALTO valor econômico de luxo e o médium MAL incorporado, as vezes já embriagados por falta de cuidados e doutrinação "ensinar" ou do chefe do terreiro ou do médium que sabe e não doutrinou sua entidade como deveria ser. BELEZA nos Brajás ou roupagens fabulosas NÃO faz de VOCÊ um bom médium, a simplicidade não fará que um médium seja menos que outro se não pode ter tais roupagens e a maior força se este médium não pode pagar por coisas caríssimas. Simplicidade sempre, limpas, bem passadas e branquíssimas TE fará um médium maravilhoso e sem mistificar!
Infelizmente falam alguns terreiros que CIGANOS bebem somente VINHO, ERRADO...
Estes tomam bebidas a seu gosto OU o mais importante se um médium TEM problema de saúde ELES poderão ser bem doutrinados e TOMAR ÁGUA ou intercalar ÁGUA e uma taça de sua bebida preferida quando ainda encarnado...

Normalmente há festa Cigana no dia de Santa Sara Kali a padroeira do povo Cigano, então dia 24 a 25 de MAIO no mínimo uma homenagem ao Povo Cigano em nosso terreiro Pai Lauro D'Ogum em Mafra/SC, somos humildes e aqui em nossa casa espiritual eu Yalorixá Lenice D'Oxóssi, irmã de sangue e filha de fé deste já desencarnado Babalorixá Lauro Moreira, busco seguir o melhor do que ele me ensinou e claro, discordando de muitas coisas aprendidas corri em busca do melhor que NÃO significa AQUI ser o correto e em OUTROS terreiros os errados pois, EU Lenice penso com convicção... "Ninguém é melhor que ninguém para JULGAR, HUMILHAR ou DESPREZAR seu semelhante e NEM tão CORRETO e nem tão ERRADO para JULGARMOS seja a quem for ou o terreiro que for, pois, SOMOS todos IGUAIS em busca da ESPIRITUALIDADE de Paz, Amor, Caridade e Humildade"
Axé a todos e muita Luz em suas almas.

Centro de Umbanda Pai Lauro de Ogum
Yalorixá Lenice D'Oxóssi
AQUI é Caridade em tudo!
47 - 9605-27-17...  
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